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Luanda

Angola ultrapassa Moçambique em volume de negócios para o grupo Visabeira

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O grupo Visabeira tem hoje em Angola o seu principal mercado fora de Portugal, onde prevê chegar ao fim de 2009 com um volume de negócios de 95 milhões de dólares (cerca de 64,3 milhões de euros).
O grupo Visabeira tem hoje em Angola o seu principal mercado fora de Portugal, onde prevê chegar ao fim de 2009 com um volume de negócios de 95 milhões de dólares (cerca de 64,3 milhões de euros).

O grupo português, com sede em Viseu, está em Angola desde 1997, com a criação da empresa Comatel, na área da engenharia de comunicações, que está presente em todo o território angolano e domina a construção e manutenção das redes fixa e móvel.

Paulo Varela, presidente-executivo da Visabeira, diz que Angola é "claramente estratégico" para o grupo, onde pretende "continuar a investir" devido ao seu "interesse inquestionável".

Na Visabeira, Angola já ultrapassou Moçambique em volume de negócios, apesar de o grupo estar há mais tempo em Moçambique, 20 anos contra os 12 em Angola.

"Temos uma diversificação maior em Moçambique (...) e temos mais actividades mas, no volume de negócios, Angola superou Moçambique. Não porque tenhamos decrescido em Moçambique, mas porque crescemos mais em Angola", nota. Paulo Varela explica ainda que, para 2009, o Grupo Visabeira vai crescer 18% face a 2008 em facturação, prevendo terminar o ano com um volume de negócios agregado de cerca de 95 milhões de dólares.

A crise internacional não afectou a Visabeira em Angola mas, admite, "afectou em questões de rentabilidade, e dificuldades de liquidez", porque houve "mais que num decréscimo de negócios", a crise traduziu-se numa "dilação dos pagamentos", aumentou os custos e obrigou ao recurso de financiamento bancário para pagar a fornecedores, o que "diminuiu a rentabilidade", refere.

"Em termos de crescimento não houve consequências. E estamos optimistas, estamos em crer que o pior terá passado, sentimos melhoria nos mercados cambiais, as taxas de juro permanecem elevadas mas isso tem a ver com as especificidades e com a grande velocidade de crescimento do mercado angolano", aponta.

Paulo Varela diz mesmo que "tudo indica que 2010 será um ano de regresso ao forte crescimento" na economia angolana e, nesse quadro, aponta para a "continuação significativa dos investimentos. Estamos claramente empenhados no mercado angolano, que tem para nós um interesse inquestionável".

O Grupo emprega em Angola mais de 1.000 pessoas.

Apesar da forte presença neste mercado, o grupo admite que têm tido "uma posição de low profile mas entendem que "é chegado o momento de assumir uma responsabilidade social crescente", porque "isso contribui para o fomento do diálogo e para a vivacidade social e está de acordo com a nossa missão enquanto empresa, que não é olhar apenas para o aspecto económico mas estarmos integrados no tecido social dos países em que estamos".

A TV Cabo é a empresa com que têm mais visibilidade em Angola, mas estão presentes na indústria, na exploração florestal, têm uma central de tratamento de madeiras no Huambo, estão na importação e distribuição automóvel, gestão de frotas e ainda na hotelaria. Crescer passa por desenvolver os sectores onde já estão, bem como a construção de um hotel no Lubango e, na cidade do Huambo, e a construção de dois prédios de escritórios e habitação.

Em novos sectores a energia surge destacada, quer na produção quer na construção de redes, embora os prazos sejam o segundo semestre de 2010.
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Data: 26/4/2024
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